Esteja sempre presente. Transforme o fel em mel. Compartilhe somente o que é bom. Seja nada.

24 de dezembro de 2007

Blue Mind

Na festa de 15 anos de minha querida sobrinha Rumi, algo que me emocionou muito foi seu amigo e padrinho fazer um solo no teclado, com a música preferida dela. Muito emocionante e original! Ouça aqui!



Vejam embaixo alguns momentos especiais, quando meu pai, que anda tão triste, esteve muito feliz!



15 de dezembro de 2007

A Nona!

É isso mesmo. Ontem tive o privilégio de assistir a Nona sinfonia de Beethoven! A OSESP caprichou. A cada acorde meu corpo foi reagindo. No último e fantástico movimento, o arrepio tomou todo ele. Mesmo quem não é habituado a música clássica conhece o tema desse movimento tão fantástico. O coral enorme esteve virtuoso, os solistas também muito bem, interpretando essa letra magnífica da Ode à Alegria. O máximo!
Obrigada a Giancarlo Piccoli, por mais esse momento supremo que me proporcionou, com esse presente de aniversário!! Há muito anos você me presentou com um show do Pat Metheny, que foi único, também!

Sinfonia no 9 em ré menor, Op.125 Coral
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
John Nechling regente
Gabriella Pace soprano
Adriana Clis mezzo soprano
Christina Elsner tenor
Morris Robinson baixo
Coral Lírico de Minas Gerais Afrânio Lacerda Regente
Coro da OSESP Naomi Munakata regente

Escolhi um video publicado no Youtube, onde se pode ouvir o último movimento. É parte do filme "O segredo de Beethoven" que ainda não assisti, mas onde se pode ouvir o famoso tema (começa aos 2:20. E não perca o trecho do coral aos 4:22). Há outras postagem lá, com sinfônicas, inclusive com Karajan e Bernstein, excelentes, mas onde não aparecem o tema. Tenha paciência para assistir até o final! Vale a pena! E tente imaginar que pude assistir tudo ao vivo!!

2 de dezembro de 2007

Menino sorrisos na Saraiva!


O último "lançamento" (rsrs) foi na nova loja Saraiva Megastore do Shopping Paulista. Eu, que adoro livros, livrarias e afins, gostei muito foi do lugar na vitrine em que nosso livrinho ficou, ao menos ontem, um sábado de dezembro! Vejam só perto de "quem" ficou! Vejam também a estante!

24 de outubro de 2007

Menino Sorrisos em SP - com muita sintonia !

Mais uma vez gostaria de pedir para que me ajude a fazer este livrinho chegar na mão do máximo de crianças possível! E adultos também!
E veja que coisa muito incrível: a Cláudia foi entrevistada há uns 3 anos por um jornalista que tinha lábio leporino e que lhe contou sobre alguns fatos de sua vida na época em que foi operado. Foi assim que ela teve a inspiração e escreveu a estória desse livro.
Muito tempo se passou até concebermos de fato o livro e conseguirmos uma editora. Finalmente ele ficou pronto. Durante todo esse tempo, a Cláudia ficou procurando esse jornalista, mas sem êxito.
Lá em Bauru, no pré-lançamento, ficamos sabendo que ele foi paciente deles e pedimos ajuda para localizá-lo. Nada...
No dia 22 ele escreveu para o site dela contando que o irmão ficou sabendo do livro e que tinha achado muita coincidência que o livro estivesse dedicado a alguém com o mesmo nome do irmão. E contou que estava muito feliz pela notícia e que, apesar de trabalhar aos sábados, conseguiu folga para ir ao lançamento. Detalhe: o aniversário dele é no sábado!

No dia 27 muitas pessoas especiais estarão lá!

12 de outubro de 2007

Nosso livro!




















Obrigada a Cláudia Cotes por me incluir em seu ideal de levar alegria a todas as crianças.
Obrigada ao Centrinho pela recepção tão calorosa.
Gostaríamos de contar com a colaboração de todos nossos amigos para que esse livrinho chegue nas mãos de muitas crianças! Entrem no site da THOT!
Vejam algumas fotos do evento no meu álbum de fotos e na matéria do Jornal da USP

29 de setembro de 2007

Kurosawa - Os sete samurais

七人の侍 - 1954

Eu já tinha assistido esse filme há muito tempo. Assistir agora foi completamente diferente. Até aí, normal. A questão é que a percepção que tive, a partir de tudo o que tenho vivenciado ultimamente foi muitíssimo sutil.
Observar estes criadores tantos anos à frente de seu tempo foi uma honra.

14 de setembro de 2007

Banana Yoshimoto - Kitchen

Alguns dias depois de "sair" das palavras do Kawabata, resolvi explorar essa autora japonesa contemporânea de grande sucesso mundial. Pulei para os dias atuais, meio desconfiada.
Que lindo!!! Fiquei com um gostinho de "quero mais"!..

Yasunari Kawabata - "O país das neves"


De volta a ele. "雪国". Quem sou eu para para descrever essa obra?... Ele nos traz, com toda a sensibilidade, os meandros dos nossos sentimentos. Depois de terminar de lê-lo, ainda fiquei vários dias dentro das palavras dele.

"Obra máxima de Kawabata, O País das Neves é considerada um marco da literatura intimista e neo-sensorialista que deu destaque mundial ao Prêmio Nobel de 1968.

A primeira versão desta obra foi publicada originalmente em 1937, mas foi apenas dez anos depois, já influenciado pelos acontecimentos da Segunda Guerra, que o escritor japonês terminou a versão final deste romance sobre o amor espontâneo e sem nenhuma esperança de retribuição." (http://www.estacaoliberdade.com.br/releases/neves.htm)

31 de agosto de 2007

Neve

Fui atraída a Orhan Pamuk pelo seu Prêmio Nobel... Mas não me convenceu como o também Nobel Yasunari Kawabata. Fui até um terço da história, mas decididamente, ele não me empolgou...

Aí, parti para um best seller, do jovem Markus Zusak. Até dá para entender o por quê de seu sucesso, pois ele é inovador em seu estilo de narrativa. Mas algo faltou de novo para me prender. Talvez por ser uma história mais infanto-juvenil? Não é só isso. Acho que muitas vezes ele é óbvio demais. Decidi novamente não prosseguir...

Yukio Mishima

Sempre li sobre ele, mas nunca tinha lido nada dele. Realmente, o texto dele é fenomenal. Mas, nessa história, algumas passagens importantes referentes ao caminho do protagonista em direção ao sansara, algumas explicações sobre o budismo e o hinduísmo estão fora de sintonia com minha fase de vida. Não estou mais nessa busca na fase em que ele se encontra. Decidi não prosseguir com a leitura, ao menos por ora. Busco algo além do que ele está buscando...

FILE 2007 SP

Nunca tinha visitado o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica. Que experiência única!.. Que show de criatividade aliada à tecnologia!
A instalação que mais me fascinou pode ser apreciada via Internet: Dreamlines .
"Dreamlines é uma experiência visual interativa não linear. O usuário digita palavras que definem o tema de um sonho que ele gostaria de sonhar. O sistema procura na Web imagens relacionadas a essas palavras e as capta como input para gerar uma pintura ambígua, em mudanças perpétuas, onde os elementos se fundem entre eles, num processo análogo à memória e à associação livre."
"Dreamlines is a non-linear, interactive visual experience. The user enters one or more words that define the subject of a dream he would like to dream. The system looks in the Web for images related to those words, and takes them as input to generate an ambiguous painting, in perpetual change, where elements fuse into one another, in a process analogous to memory and free association."
Entrei com "rosa". Vejam o que foi sendo criado:
E para "gato":

23 de agosto de 2007

Haiku 俳句 Haicai

朝顔に 釣瓶取られて貰い水
Asagaoni
tsurube torarete
moraimizu

千代女 Chiyojo(1703-75)

[With the well bucket
taken over by morning glories,
I go begging for water.]

[Trepadeira em flor
No balde do poço
Busco a água em outro lugar]

A tradução para o inglês, encontrei na net. Minha tradução para o português, ainda está em maturação... nunca traduzi poesia...
Obrigada ao George Narita por falarmos sobre a beleza dessa arte muito japonesa, zen.
Para conhecer, vá para Caixa de Haikai

22 de agosto de 2007

"Fiz a minha parte"

21 de agosto | 21h | SÉRIE TÊMPERA - Homenagem - 70 anos do Maestro Ronaldo Bologna - Sala São Paulo

Claude Debussy: La plus que lente 5’

Villa-Lobos: Bachianas nº 2 - 22'

Prelúdio-canto do capadócio, Ária-canto da nossa terra,

Dança-lembrança do sertão, toccata-o trenzinho caipira

Camargo Guarnieri: Concerto para piano e orquestra nº 2 - 23'

Decidido, Afetuoso-scherzando, Vivo Max Barros - Piano

Carlos Moreno - Regente

Intervalo

Johannes Brahms: Sinfonia nº 4 - 45’

Ronaldo Bologna - Regente

Bem, para dizer a verdade, o que mais me agradou nessa noite não foi algum brasileiro. Foi o Debussy mesmo... No mais, algo que reparei: o músico após mandar um bom sólo com seu saxofone tenor, nas Bachianas, deu uma relaxada de alívio soltando seus ombros. Deve ter tido a sensação de "Fiz a minha parte"!..

É como o personagem "Doc" de "A conquista da honra" dirigido pelo Eastwood. Todos os soldados tinham que fazer muita coisa durante aquela batalha. Ele, o enfermeiro, não dava conta de tudo o que tinha que fazer, mas fazia o que podia. Fazia a sua parte...


28 de julho de 2007

Apocalypto

Medo todos temos. Mas uns o enfrentam.
Vamos em frente, movidos pela paixão, movidos pela determinação, movidos pelo objetivo, movidos pelo amor.

25 de julho de 2007

Vivendo fora do seu habitat 2


Continuei refletindo sobre a questão daquele ou daquilo que vive fora de seu habitat original. Desde que se cuide ou seja cuidado adequadamente, creio que é possível, sim, fazer valer todo o DNA que se carrega.

Aquela árvore cerejeira de nosso quintal floriu bem mais do que no ano passado. Consegui fazer essa foto, do jeito como eu desejava: em close up.

7 de julho de 2007

SUGIZO Synchronicity



Gostei desse violino.

5 de julho de 2007

O Encontro do Oceano com a Terra

Ornulf Opdahl - 60 aquarelas do artista plástico norueguês.
"De terra firme ou a bordo de seu barco, em viagens pela costa, Opdahl aprecia e esboça o que posteriormente se transformará em pinceladas em seu ateliê. Suas obras buscam, em sua maioria, o ingrediente dramático do choque entre terra e mar, o brutal, tempestades, névoas cheias de mar, neve e raios solares atingindo as cordilheiras, contrastando com a representação romântica de épocas anteriores."

Caixa Cultural - Galeria da Paulista Av. Paulista, 2.083 (Conjunto Nacional), tel. (11) 3321-4400. Ter. a sáb., 9h/21h; dom., 10h/21h.(de 04/07/07, às 19h30, a 05/08/07).

É uma expressão forte como raramente vi em aquarela. Encontrei na web alguns trabalhos em óleo.















30 de junho de 2007

Vivendo fora do seu habitat

Ano passado foi a primeira vez. Ontem, a cerejeira (sakurá) que temos no quintal, que foi plantada pela minha mãe há uns quatro anos, floriu novamente. São somente alguns singelos brotos, numa árvore que até que tem um bom tamanho. Mas, como está num ambiente completamente diferente de seu habitat original, ou seja, o Japão, ela não consegue muita coisa, mas consegue!... Vê-la dá até emoção.
Ano passado estive com minhas amigas no Parque do Carmo, onde fomos visitar o festival das Cerejeiras. Lá elas são devidamente tratadas e lindas!.. Ocorreu-me agora que aquela parte do parque seria como um "zoológico" de árvore!.. Como um pingüim num zoológico brasileiro.
Como será que os japoneses, e também tantos outros povos de diferentes etnias, com suas fisiologias próprias, costumes próprios, que vieram de um habitat bem distinto deste, estão existindo, em termos bio-psíquicos??

Veja fotos muito especiais no site de Frantsek Staud, com o sakurá do Japão, a maioria de Kyoto.
Aqui estão algumas que mais gostei:
A primeira, gosto da cor. A noturna é da famosa árvore do Parque Maruyama, de Kyoto. Vivi sob ela um de meus momentos de ponto de mutação mais importantes. Inesquecível. A última, gosto pois está em close up, o estilo que mais me toca.

27 de junho de 2007

Osusp brinda Toscanini

DIA 26 DE JUNHO 21h SéRIE MOSAICO - Sala São Paulo
OSUSP BRINDA TOSCANINI (50 anos da morte do maestro Toscanini)
Solistas: Rosana Lamosa e Fernando Portari - Carlos Moreno, regente
I PARTE
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)
A flauta mágica KV 620 . Abertura 7' Adagio Allegro - Pamina - Ach, ich fühl´s, es ist verschwunden 4' andante
GIACOMO PUCCINI (1858-1924)
Manon Lescaut . Intermezzo 5' Lento espressivo
Tosca . Cavadarossi - Recondita armonia 3' Andante lento
La Rondine. Doretta - Che il bel sogno di Doretta 2' Andante
Turandot . Calaf - Nessun Dorma 4' andante sostenuto
La Bohème. Duetto - Rodolfo e Mimi - O soave fanciulla 4' Largo sostenuto

II PARTE
GIUSEPPE VERDI (1813-1901)
La forza del destino. Sinfonia 7' Allegro - Allegro agitato e presto
Rigoletto . Duetto - Duque de Mantova e Gilda - ''è il sol dell'anima...Addio,addio speranza è d'anima'' 4' . Duque de Mantova - Â La donna è mobile 2' Allegretto
I vespri siciliani. Sinfonia 10' Largo - Allegro agitato
Nabucco . Sinfonia 7' 30''Andante - Andantino - Allegro
La Traviata. Preludio 4' Adagio. Brindisi 3' - Allegretto. Violetta - è strano! è strano! Ah forse lui...; Folie!Folie!; Sempre Libera ... 10' Allegro - Allegro brillante

Uma seleção encantadora. A energia passada pelo Moreno foi muito boa. Achei curiosa a forma como cada um de nosso grupo comentou sobre a postura do Portari. Algo de seu jeito desenvolto foi visto como presunçoso. A mim não me incomodou. Ele tem a voz, o "algo" para passar. E não é qualquer um que se arrisca a mandar peças tão conhecidas. E o fez com muita paixão.
Essa gente do canto sente ser o porta-voz dos deuses. E eles não são?

17 de junho de 2007

Kevin & Pitt em ação

Observando estes bichinhos, podemos nos flagrar percebendo o quanto nós, seres humanos, somos bem animais! E, em geral, bem menos resolvidos!..

16 de junho de 2007

Rádio: tudo de bom

Aqui você consegue descobrir muita coisa boa: Sky.fm

Muito jazz

É de Barcelona: Barcelona Jazz Radio
Obrigada a Olga Soler Vilageliu, prima de Joaquim Llisterri, por essa dica excelente!

Viver perigosamente - por Osho

"Significa viver.
Se você não vive perigosamente, você não vive.
Você floresce para o perigo.
Você nunca floresce na insegurança; apenas na insegurança.
Se você começa a obter segurança, você se torna uma água parada. Então sua energia não esta mais circulando. Então você está receoso, porque ninguém sabe como ir em direção ao desconhecido. E por que correr risco? - o conhecido é mais seguro. Então você se torna obcecado pelo familiar. Você continua ficando farto com isso, você fica entediado com isso, você se sente miserável, mas isso ainda é familiar e confortável. Pelo menos é conhecido. O desconhecido cria um temor em você. Qualquer idéia em relação ao desconhecido e você começa a se sentir inseguro.
Há apenas dois tipos de pessoas no mundo. As pessoas que querem viver confortavelmente...Elas estão procurando a morte, elas querem um túmulo confortável. E as pessoas que querem viver. Elas escolhem viver perigosamente, porque a vida só floresce quando há risco."


Um momento muito especial e memorável foi o rafting na Nova Zelândia. Era apenas mais uma de várias aventuras sagitarianas que já vivi. Mas particularmente durante esta, enquanto todos se preparavam, fiquei refletindo exatamente sobre o que é a vida. As decisões que tomamos, as paixões que nos motivam a ir adiante num projeto, tudo passou como um flash em minha mente, durante essa queda da foto, a mais alta explorada comercialmente no mundo: 7 metros. Obrigada, Kevin, por esse momento.

Viver como as flores - por Osho

"Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.
Pois viva como as flores!, advertiu o mestre.
Como é viver como as flores? Perguntou o discípulo.
Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim.
Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas.
Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores."

Medo - por Osho

"Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados,e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque, apenas então, o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano. Mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento."

Um navio navega uma das zonas oceânicas mais traiçoeiras da América do Norte, a Columbia River Mouth (Boca do Rio Columbia).

Veja mais fotos de Rolf Hicker em: rickerphoto

Caindo no abismo por : Osho e "O Tigre e o Dragão"

"Agarrar.....
Não te agarres a ti mesmo - isso é o que tens feito em todas as tuas vidas passadas: agarrar-te, receoso de, se não te agarrares, ter de olhar para baixo e encontrar um abismo sem fundo.
Por isso é que nos agarramos a coisas insignificantes, triviais, e continuamos agarrados a elas. O agarrar-se mostra que também és consciente de um vasto vazio interior. Precisas de alguma coisa em que agarrar-te, mas isso é o teu samsara, a tua angústia. Deixa-te cair no abismo. E, uma vez que tenhas caído no abismo, tornar-te-ás o próprio abismo.
Então, não há morte, porque como pode um abismo morrer?
Então, não haverá fim, porque como pode o nada acabar?
Algo pode acabar, terá de acabar - mas só o nada pode ser eterno.
Deixa que te explique, através da experiência que tens. Quando amas uma pessoa, tens que tornar-te nada. Quando amas uma pessoa, tens que tornar-te um não-eu. Por isso é o amor se mostra tão difícil. E por isso Jesus disse que Deus é igual a amor. Jesus sabia alguma coisa sobre Mahamudra, porque antes de iniciar seus ensinamentos em Jerusalém ele tinha estado na Índia. Também esteve no Tibete, onde encontrou pessoas como Tilopa e Naropa. Estagiou em mosteiros budistas e aprendeu o que é aquilo a que as pessoas chamam o nada. Então, tentou passar todo o seu conhecimento para a terminologia judaica. E foi aí que tudo se tornou confuso.
Não podes passar o entendimento budista para a terminologia judaica. É impossível porque a terminologia judaica depende de termos positiviso e a terminologia budista depende de termos absolutamente niilistas: nada, vacuidade. Mas, aqui e ali, nas palavras de Jesus, há vislumbres. Ele diz: "Deus é amor." e está insinuando algo. O quê?
Quando amas, tens que tornar-te um ninguém. Se permaneceres alguém, o amor jamais acontece. Quando amas uma pessoa, mesmo por um só momento, quando o amor acontece e floresce entre duas pessoas, há dois nadas, não duas pessoas. Se já tiver tido essa experiência de amor, poderás entender."

Bem ao final do filme "Tigre e Dragão" há a memorável cena da queda num abismo. É bem isso, o desprendimento em direção ao nada, no abismo. Não encontrei nenhum trailer onde se possa ver essa cena. Mas achei esse, onde há uma tomada de alguns milisegundos. É a antepenúltima cena. Veja se consegue vê-la!..

Infinitos

"Only two things are infinite: the universe and human stupidity, and I'm not sure about the former" ("Somente duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez, mas eu não tenho certeza quanto ao primeiro") - Albert Einstein.

Vida

Quando alguém luta desesperadamente, sobrevive. Se tenta sobreviver, morre. (Saga Otori)

O que fazer com os ventos?

O pessimista se queixa do vento
O otimista espera que ele mude
O realista ajusta as velas. Willian G Ward

Paradigmas

Mais fácil quebrar um átomo do que um paradigma. Einstein

8 de junho de 2007

Linguagem de tese

Encontrei nos meus arquivos!

The following list of phrases and their definitions might help you understand the mysterious language of science and medicine. These special phrases are also applicable to anyone reading a PhD dissertation or academic paper. [A seguinte lista de frases e suas definições podem ajudá-lo a entender a misteriosa linguagem da ciência e da medicina. Essas frases especiais são aplicáveis também para qualquer um que estiver lendo uma tese acadêmica ou um artigo científico.]

"IT HAS LONG BEEN KNOWN"... I didn't look up the original reference.
"A DEFINITE TREND IS EVIDENT"... These data are practically meaningless.
"WHILE IT HAS NOT BEEN POSSIBLE TO PROVIDE DEFINITE ANSWERS TO THE QUESTIONS"... An unsuccessful experiment, but I still hope to get it published.
"THREE OF THE SAMPLES WERE CHOSEN FOR DETAILED STUDY"... The other results didn't make any sense.
"TYPICAL RESULTS ARE SHOWN"... This is the prettiest graph.
"THESE RESULTS WILL BE IN A SUBSEQUENT REPORT"... I might get around to this sometime, if pushed/funded.
"IN MY EXPERIENCE"... Once
"IN CASE AFTER CASE"... Twice
"IN A SERIES OF CASES"... Thrice
"IT IS BELIEVED THAT"... I think.
"IT IS GENERALLY BELIEVED THAT"... A couple of others think so, too.
"CORRECT WITHIN AN ORDER OF MAGNITUDE"... Wrong.
"ACCORDING TO STATISTICAL ANALYSIS"... Rumor has it.
"A STATISTICALLY-ORIENTED PROJECTION OF THE SIGNIFICANCE OF THESE FINDINGS"... A wild guess.
"A CAREFUL ANALYSIS OF OBTAINABLE DATA"... Three pages of notes were obliterated when I knocked over a glass of beer.
"IT IS CLEAR THAT MUCH ADDITIONAL WORK WILL BE REQUIRED BEFORE A COMPLETE UNDERSTANDING OF THIS PHENOMENON OCCURS"... I don't understand it
"AFTER ADDITIONAL STUDY BY MY COLLEAGUES"... They don't understand it either.
"THANKS ARE DUE TO JOE BLOTZ FOR ASSISTANCE WITH THE EXPERIMENT AND TO CINDY ADAMS FOR VALUABLE DISCUSSIONS" ... Mr. Blotz did the work and Ms. Adams explained to me what it meant.

2 de junho de 2007

Wetware

Merriam-Webster's Word of the Day for May 31, 2007 is:

wetware • \WET-wair\ • noun
: the human brain or a human being considered especially with respect to human logical and computational capabilities [o cérebro humano ou o ser humano considerado especialmente com respeito às capacidades lógicas e computacionais]

Example sentence:
With the right wetware at the helm, the company should be able to turn a sizeable profit.

Did you know?
When the computer terms "software" and "hardware" sprang to life in the mid-20th century, a surge of visions and inventions using the new technology immediately followed . . . along with a revival of the combining form "ware." An early coinage was "wetware," which began circuiting techie circles in the 1970s as a name for the software installed by Mother Nature (a.k.a. the brain). Other "ware" names for people and their noggins have made a blip in our language -- for example, "meatware" and "liveware" -- but none have become firmly established in the general lexicon like "wetware."

Uma cena

24/05

O Mar mais Silencioso daquele Verão
(Ano natsu, ichiban shizukana umi あの夏、一番静かな海), 1991, 101 min, cor

Os olhares dizem tudo. Confirmam idéias, se confraternizam, discordam. Uma cena muito breve de cumplicidade, apenas no olhar, me tocou de uma maneira muito forte.

Direção e roteiro: Takeshi Kitano
Elenco: Kuroudo Maki; Hiroko Oshima; Sabu Kawahara; Nenzo Fujiwara
Shigeru, portador de deficiência auditiva, trabalha como ajudante num caminhão coletor de lixo. Um dia, encontra uma prancha de surf descartada e então a resgata para consertar e se iniciar nas ondas. Seu empenho e a paixão pelo surf não o resguardam de enfrentar momentos difíceis. Este filme foi escolhido entre os dez melhores do ano, pela revista Kinema Jumpo.

Fundação Japão - Sempre Cinema: as sessões possuem legendas em português, com entrada gratuita e horários alternativos Veja programação


31 de maio de 2007

Feitiçaria


Capra me remeteu a Carlos Castañeda. Portanto, agora comecei mais outro: O poder do silêncio.

Física Quântica


Em 24 de maio comecei também: Fritjof Capra - Sabedoria Incomum.

30 de maio de 2007

Gestos que denunciam

Um novo paciente meu, um garoto, adora cantar. Veio a mim pois sua voz tem ficado muito rouca. Tem até banda. Canta todo o tipo de rock que o pai, decerto, também deve gostar. Quando lhe pedi para cantar algo de que goste muito, mandou, junto com seu violão "I can´t tell you why", dos Eagles! Bravo!
Chegando em casa, apressadamente alcancei, numa prateleira quase inatingível, após uma incrível ginástica, a pilha de LP´s que ainda mantenho guardados, mesmo após ter me mudado tantas vezes de lar.

Avidamente procurei-o. Lá estava ele, o da capa preta: "The long run". Que sensação estranha, manipular algo depois de tanto tempo.
Tirei a bolacha de dentro da capa. Estava limpa, intacta. Lá estava ela, a faixa que tanto ouvi: "I can´t tell you why". Eu segurava o disco com as duas mãos abertas, a parte de dentro delas tocando-lhe gentilmente a borda. Para ver o lado B, com um gesto rápido com os dedos, fiz o disco virar sobre si mesmo, agilmente. Arrepiei-me, pois não fazia esse gesto há tantas décadas!!! Nem todos podem conhecer este gesto!!!
Infelizmente, não tinha toca-discos para completar essa sessão nostalgia. Mas não sou apegada ao passado. Logo fui atrás de vídeo no YouTube. Encontrei! Quer tirar a saudade?

A gente japonesa

Dia 29 de maio

Comecei a ler outro de Jun´ichiro Tanizaki: As irmãs Makioka (Sasameyuki 細雪). Meu desejo é observar as estruturas familiares do Japão ao longo de sua história. Achava eu que, tendo crescido numa família de origem japonesa, e tendo vivido no Japão por dois anos, já conhecia bastante sobre os costumes que vemos até hoje em nossas famílias. Mas lendo "Lendas de Murasaki" que mostrou-me como as famílias se organizavam no século 10, e "Xogun" que mostrou-me o século 16, compreendi inúmeras nuances e detalhes que até hoje existem nas estruturas familiares japonesas. As regras sociais que norteiam os casamentos, a vida do homem, a vida da mulher e tantas outras coisas, evoluíram de diversas formas em cada civilização. Está sendo muito interessante ter acabado de ler "O livreiro de Cabul" e agora ter contato com o Japão nas primeiras décadas do século 20. Já estou considerando de forma diferente as coisas de minha própria família.

Comunicações indiretas

Dia 26, 27 e 28

Li "A chave", de Jun´ichiro Tanizaki, de 1956 (edição brasileira de 2000).
Qual é a motivação que existe para aquele que escreve um diário, onde conta todos sentimentos, os mais íntimos? Será que existe a vontade íntima de ser lido por alguém, especificamente por quem a pessoa nutre aqueles sentimentos íntimos difíceis de serem abordados pessoal e abertamente? E, se não houver a mínima possibilidade de alguém encontrar a chave para poder ler o diário, ainda assim a pessoa o escreveria?
Aos japoneses não é de bom tom expressar idéias de forma muito direta. As comunicações são indiretas.
Meu pai não escreve diário, pelo menos que eu saiba. Mas ele coloca coisas sobre um móvel, perto do qual ele sabe que eu passo. Um livro, um pedaço de papel com algo escrito por alguns de meus irmãos ou por ele mesmo, anotações sobre sua pressão sangüínea, ou qualquer coisa mais prosaica como uma propaganda. Geralmente acabo vendo, claro. Mas não faço ou não falo nada, a não ser que ele comente.
Eu não faço isso com ele, ao menos conscientemente. Mas ele vê coisas que estão sobre minha escrivaninha ou outro lugar, por onde ele passa. Interpreta que deve fazer ou falar algo a respeito apesar de, geralmente, não haver nada a ser feito ou dito.
Muito de nossa comunicação é assim...


OSUSP na Sala São Paulo

Sala São Paulo http://www.salasaopaulo.art.br/ OSUSP CARLOS MORENO regente
29 MAI 21H00 - SÉRIE MOSAICO
- MARIO FICARELLI Transfigurationes: No início, a entrada dissonante é de difícil "degustação". Mais ao final, consegui entrar na criação dele. É algo bem profundo, etéreo.
- SERGEI PROKOFIEV Concerto nº 3 para Piano e Orquestra, SYLVIA THEREZA solista : tema relativamente conhecido. Senti a pianista com grande domínio da técnica, bastante virtuosa, como a peça pede. O piano fazendo parte de si própria. Sobre o bis, algo de quem desconheço, mais introspectivo, algumas pessoas comentaram que deixou a desejar. Eu já recebi como algo que ela preferiu contrapor a Prokofiev.
- JEAN SIBELIUS Sinfonia nº 2: mais facilmente degustável

24 MAI 21H00 OSUSP recita SHAKESPEARE
- TCHAIKOVSKY Romeu e Julieta Abertura
- DVÓRAK Otello - Abertura op. 93 Lento - Allegro con brio
- MENDELSSOHN Abertura e música incidental de "Sonho de uma noite de verão Op. 21 & 61 Abertura Allegro di molto no. 1 Scherzo Allegro Vivace - Wedding March vivace